domingo, 7 de outubro de 2012

Vadia V


Ainda nas cordas, sem descanso ajusto o caralho, penetrada aguda, direta, aproveitando as lubrificações naturais, até o fim, súbita e definitiva, mortal, desejada e aprovada pelo uivo primal que ouço deleitada e que me excita a prosseguir em meus orgasmos sucessivos, descontrolados, que tomam todo o meu corpo e se transmitem, perpassam e transpassam o corpo da vagabunda, da burguesa tornada puta, que agora sabe o significado real da palavra foda, que se realiza plenamente e que murmura palavras de paixão, a cabeça lançada para trás o pescoço exposto e oferecido, não resisto, paro por um breve instante a minha movimentação macha, meto forte e mantenho o pinto em riste dentro da buceta vadia, curvo-me e cravo os dentes nesse pescoço, vampirizo a criatura, torno-me entidade maligna, sinto-me mistura de deusa e diaba, vampira e cadela licantropa, comprimo os dentes e extraio um pouco de sangue, sinto na boca o gosto da possessão, delicioso sabor de minha puta, adocicado, passo a língua, limpo a leve ferida, bebo as poucas gosta que dela quero extrair, lambo com minha saliva curativa, ela grunhe, e volto a meter, fundo e gostoso, seguro o caralho na mão, sinto-me macha, fodo e ela, já entregue, agora perde a noção de si, não desmaia, mas sinto que está em outra parte do universo, persigo-a, não lhe dou qualquer trégua, acho-a novamente, estamos agora em um lugar inusitado, não há mais chão, não há mais teto, sem referências que não sejam nossos corpos, agarro-a, ela se sente segura, aperto suas pernas, seguros suas coxas, abro-as e enfio mais e mais o meu caralho, levo-a a um delírio sobrenatural, não há mais natureza aonde estamos, desconfio que morreremos e ainda assim ou por isso mesmo, prossigo na louca foda, que nunca antes havia ido a tal limite, e meto com força inaudita, com todo o vigor do meu corpo, com toda a energia de minha mente, com toda a grandeza do meu espírito anárquico, com todo o libertarismo de minha alma que transforma finalmente essa vagabunda que domino em uma fêmea como eu, ela se libera, se liberta, voa livre comigo pelo céu vermelho dos prazeres, pelos ares nebulosos cheios de fluídos indecentes, e nadamos, finalmente mergulhamos, no mar de nossos prazeres, encharcadas e gozadas, espumando jorramos líquidos juntas, gritamos e nos debatemos, gozamos loucamente, putas ensandecidas, loucas de prazer e de feminilidade aguçada, quando não se sabe mais e nenhuma importância tem quem domina quem e todas se locupletam num mar de bucetas e ruídos indecorosos que saem de nossos buracos amorosos.

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