sábado, 21 de junho de 2014

Banhos II


Hora do banho, quando tudo se apodera de meu corpo, de minha mente, quando me vejo e me mostro, apenas para mim mesma, quando perco todo o sentido de respeito e de dignidade, quando, junto com as roupas livro-me também de meu espírito burguês, quando me transformo na puta que desejo, na fodedora e fodida, ao mesmo tempo, tudo ganha apenas um sentido, quando macho e fêmea que em mim residem se transformam em luta bruta, que só pode ser resolvida na masturbada insana, na violência com que me aplico prazeres, quando minha vista nada enxerga, tudo turvo, apenas sinto corpo, dedos.
Língua que experimenta os dentes, os lábios, que se projeta boca a fora, dedos que penetram buceta a dentro, o cu que sente a excitação, que precisa ser aplacada a dedadas, o momento sublime em que me sinto a franga desejada no espeto dos dedos, em que gozo entrada e saída, céleres e aceleradas, em que gozo escorrida, lançda a frente, segurando aonde posso nessa banheiro louco, nas bordas de pias, nos toalheiros, lançando a buceta a frente, rebolando a bunda no espelho, provoco a mim mesma, me desejo, me locupleto, descarto parceria, me basto, gozo alucinada, perco o controle e sinto todo o prazer que me inunda e que se esvai pela buceta enlouquecida.....molha, expele, ejacula e jateia prazeres imaginados, desejados......
e, ato final, mijo com o corpo projetado, sinto na espinha, na base da coluna o descontrole que procuro, o sexo total que de mim se apodera, nada mais preciso do que mim mesma para me satisfazer.


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