terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Mephisto Samurai


Demônio submisso, que me apraz possuir, mentalmente se rende a minha superioridade como um samurai quando percebe a grandeza adversária e baixa a katana no aguardo do golpe final ou do perdão condicional, situação, de resto, humilhante, pois submisso, entrega a vida, o corpo e a sexualidade a sua Rainha, a sua Dona incontestável que lhe exige apenas a obediência, a exibição de dotes e competências, função da qual esta puto de corpo seco, de pau peludo, grande e gostoso, magro e barbado como um guerreiro derrotado, se sai bem pois que entrega o corpo e a alma à vencedora impenitente, impiedosa e severa, que lhe concede o dom da vida desde que cumpra d'ora a frente, as ordens impertinentes e autoritárias de uma Rainha estupenda e cabalística.





quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Feitiço


















































Fetiche feitiço, forma de domínio, explosão de sensibilidade, nervos e músculos que funcionam para o prazer, mente que se habitua ao inusitado, maneira pela qual eu domino dominada, aparências fugazes de uma mulher autoritária, por baixo de uma pele singela se esconde a serpente do pecado, a mulher do mal, a antiburguesa pro excelência, a anárquica através do sexo, aquela que engole seus caralhos até o talo, que os usa e abusa, que os engana na indecência de uma pretensa inocência, que lhes dá o prazer e o tesão que suas mulheres católicas ignoram, que suas fêmeas evangélicas desconhecem, que suas putas judias não ousam e que suas muçulmanas escondem, aquela que se sobrepõe às suas raças, que ignora seus credos, aquela que vocês sempre imaginaram e desejaram, aquela que só tem a crença libertária no sexo, aquela que ama o fetiche, que os usa, arrastões que os trazem à superfície do prazer e os conduzem às profundezas do que de mais indecente e sacana se esconde em suas mentes pecadoras, aquela para quem o único limite é o esgotamento, a realização final, a sensação da morte através do orgasmo permanente, ideal de liberdade e de gosto, de vida infinita de realização mortal e duração eterna.


domingo, 14 de fevereiro de 2016

Sombra e penumbra



Nas sombras onde me revelo, nas penumbras em que me realizo, quando sinto a mulher degenerada que desperta em mim quando visto meu caralho, quando me exibo para meus putos, quando poso e mostro meu esplendor mágico e majestoso, quando, Rainha incontestável, eu excito e deixo de pau duro e de cu pulsante todos os machos e todos os viados, todo homem é, que me olham, me anseiam, se submetem a minha mente pervertida, aos meus desejos insanos e insones, que coincidem com os seus mais secretos e recônditos pensamentos, aqueles que somente a mim são confessados, tanto quanto na hora em que os penetro quanto quando seus membro duros e pulsantes ejaculam toda a porra possível a um simples toque em meu corpo adorado e servil.


domingo, 7 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O valete de paus


Meu puto preferido, maduro, que eu preciso agora provocar um pouco, levantar esse caralho, deixá-lo ao meu gosto, duro e babado, que quando firma, só amolece na terceira passagem, que me entra buceta adentro, movendo-se como serpente sem controle, pulsando como o coração acelerado daqueles que sabem que vão sofrer, daqueles que mal retêm seu desespero, seu anseio na minha presença, Rainha indomada e puta, dona de si e de seus indecentes desejos, de suas ideias inconfessáveis, senhora de todos os pecados, confessora de todos os tarados, deusa adorada de todos os irrealizados, de todos aqueles que foram bestialmente condenados como cruéis, ímpios, voluptuosos demônios que habitam todas as mentes, mas só aquelas corajosas e prazerosas têm a dignidade de urrar, de gemer, de dançar loucamente sobre um cacetão duro e proclamar a todos que sou indecente, pecadora, sensual, feliz por ser ninfomaníaca, fera insatisfeita, no limite, pronta para quebrar as correntes e os preconceitos dessa sociedade reprimida e pegajosa.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Exibição



Putos que me imploram, amigos e admiradores que pedem, amantes, machos e fêmeas a serem satisfeitos, mostro meu corpo, abro minhas ideias, provoco, desafio, cuspo em sua moral aburguesada, ridicularizo seu feminismo, prezo a liberdade sexual, verdadeiro caminho, longe de uma falsa igualdade que não existe, pois não tenho pinto, a não ser de silicone, e tenho a buceta que um macho não tem, atendo seus pedidos, satisfaçam-se, alguns queridos e queridas, outros nem tanto mas, nem por isso menos merecedores de apreciar a magnificência desta Rainha Soberana que domina suas ideias, povos seus espíritos de indecências e desejos obscuros, que se satisfaz sabendo que os induz a taras e pecados, a punhetas e dedadas, masturbadas radicais como a que agora em mim mesma aplico, gozando como uma vaca sem dignidade, abandonando a humanidade, animalizando-me, ser puramente sexual e irracional em que me transformo e nele me realizo.