terça-feira, 26 de julho de 2016

Oral



Oral, a boca que se assume sexo, a língua que se faz de membro, a umidade que lubrifica, o deslizar levemente áspero que excita, a buceta que se abre em flor para receber as pressões, laterais, verticais, profundidades, o toque sutil que se acelera, que ganha excitação enquanto se processa, de parte a parte a excitante e a excitada, quem chupa quem é chupada, indiferente. pois o gozo se atinge no conjunto das acelerações pervertidas, das entradas e saídas céleres, sacanas, putas e vagabundas, as coxas que se abrem para a entrada, que se retesam durante e se contraem alucinadas no orgasmo indecoroso, que se relaxam aos gemidos, que se contraem, involuntárias, obedecendo ao rito da chupada, ao ritmo do sexo oral, intuitivo e sem regras, precioso e indecoroso sexo universal e proverbial que a todos se oferece e que todos podem, potentes, indecentes, maravilhosos orgasmos, gozadas infernais, multifacetas e ninfômanas, a forma universal de um sexo sem igual, digno de Rainhas potentes e autoritárias.



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Asfixias


Sugar o ar, retira-lo de dentro do fodido, priva-lo do fôlego e conduzi-lo ao êxtase, leva-lo ao gozo, à ejaculada mortal, quase no limite de sua inconsciência, deixá-lo prostrado, em todos os sentidos, cansado e exangue, usar a bunda, a buceta, cintas, correntes, usar o pinto do canalha, métodos criativos, sentar na cara do filho da puta, comprimi-la entre as coxas, entre a nádegas, sufocação anal. esfregadas permanentes. sem quartel, sem piedade. sentindo o resfolego animal do puto que imobilizado tenta corcovear como um potro no momento da esporrada, técnica clássica, tradição druída, ritual de posse da fêmea sobre o macho, o pau duro dentro da buceta, cavalgada, posição superior, uma mão sobre a boca a outra comprime o nariz, reboladas místicas, invocação de entidades, putarias santificadas, sinto a porra me invadir enquanto libero o ar do puto que goza jatos de porra como um chafariz pornográfico, indecente e indecoroso, duro e pulsante, gostoso.




sábado, 16 de julho de 2016

Novas flagelações


E mais e mais, cada vez mais me apraz e me encanta a dor, o sofrimento a autoflagelação com que me realizo, com a qual excito e desengano machos incipientes, incapazes de me satisfazer, louca e possuída ninfômana uivando como cadela vagabunda, pedindo criatividade de incompetentes, necessitando do sofrimento para equilibrar a libido do corpo, as taras da mente, o divagar de um espírito indômito e cruel, ativo e passivo, dominante e submisso, tudo a um só tempo, na espera esperançosa de seu próprio limite, à beira do abismo, buscando o desaparecimento da auto censura, talvez perigosamente, foda-se, desejo isso, limitando a morte, tanto faz, pois gozo, despudorada, para qualquer espectador que me pague, e jogo para ele ver, espectador que é, o espetáculo de minha buceta descontrolada, mordente e nervosa, úmida e túmida, iridescente, indecente e vulgar, sofro e triunfo, Rainha indomada, puta coroada.



terça-feira, 12 de julho de 2016

Flagelações




Dor adorável, verdadeira, forma excepcional de satisfação única e desejada por toda mulher extraordinária, por toda mulher disposta ao além razão, por todos aqueles livres de conceitos e preconceitos de uma sociedade que condena o prazer, dor, o verdadeiro desafio para uma verdadeira alma revolucionária, o suplício e o flagelo gratuito, em si mesma, sem a hipocrisia da religiosidade, sem as desculpas da vitimização, a dor prazerosa, desejada, mentalizada e sentida pelo corpo, nos mamilos eriçados, na buceta arrepiada, no cu mordente, no corpo todo umedecido, molhado, suado pelo sofrimento que conduz ao prazer indescritível de se sentir absoluta, dona de si, plenipotenciária da mente pecadora, imperando sobre todos os preconceitos, Rainha majestosa que comanda a própria submissão, que define para todos os putos e putas as suas funções servis, que permite a todos, desde já punhetas plurais, ereções infinitas, priapismo, bucetas mordentes,vorazes e molhadas, bocas que murmuram gemidos e exclamam palavras vulgares, palavrões que voam de suas bocas enquanto línguas indecentes se projetam e se enrolam para fora e pairam dourados no ar enquanto a porra e os gozos se espalham e jateiam o espaço siderado pelas taras que aqui criamos.







quinta-feira, 7 de julho de 2016

Motéis V: Lingeries


Peça a peça que sai e descobre meu corpo, mantenho algo, segredo final, não revelado, tesão a ser preservado enquanto cai o adorável soutien, mamas soltas, seios sem amarras, baloiçantes, au naturel pedindo a carícia no mamilo eriçado, a calcinha que se solta, outras vezes é rasgada, libera a bunda, mostra a buceta, permanecem as meias, sempre excitantes ao roçar de corpos ardentes, sinto-as sempre em mim, apertadas, justas libertinas, putaria que me apraz, olho-me ao espelho, sistemática, planejada, epígono da indecência, isso me compraz, torno-me em mim mesma, a puta de todos os machos, a macha de todas as putas, deliro e vagabunda que sou, ninfômana assumida e inveterada, me exibo, deixo-me apreciar nesses breves momentos em que sou eu própria, a cadela ordinária que todos desejam e por quem todos punhetam.