quarta-feira, 9 de maio de 2012

Machos I


Suspenso, indefeso à disposição, ciente e consciente, pede sem perdão, a talha trabalha, levanta-o do chão, as pernas se afastam o sangue flui para baixo, incha, infla, corre pelas veias, fervilha, sinto-o quando aperto o pau, brinco, pulula na minha mão, falta-lhe ar, suspendo-o mais, seu tronco se alonga os pulmões se contraem, hora da punheta, da excitação peniana, aplico-lhe um anel, junto às bolas, arregaço, exponho a glande, prepúcio, leves carícias, maldosas, nas pontas das unhas, levemente e cortantes, arrepio a pele, brinco e ouço os gemidos do puto, a sofreguidão do ordinário, os pedidos do vadio por mais e mais, aperto todo o caralho, bruta, segura de mim, olho-o, encanta-me esse corpo branco, nu, exposto e disposto, para meu prazer, para meu deleite, balanço-o na corrente, pêndulo do tempo, pêndulo do tesão que gira sobre si mesmo tendo o cacete como eixo, nesse instante transformo-o apenas em seu próprio caralho, nada sente senão o que lhe imponho, nada pensa senão o que eu declaro, me pertence, se entrega totalmente, arfa, geme, não desiste, vou machuca-lo, bato com a cane, marco a pele, defino meu território, transfomo-o em meu animal, estimado, querido e gozado, o corpo começa a querer se recompor, o sangue que circula as avessas, dormências e comichões, espasmos de dor e tesão, seguro forte no pau duro, pequeno, curiosamente duro para baixo, pulsante, nervoso e saltitante, pequenos pulos animados, as bolas agora se recolhem entram para dentro do saco, uma aparência diferente, um corpo que se transforma, que se torna quase assexuado, ainda assim se contorce de prazer ao sofrer, pois o sengue agora se concentra, em baixo cada vez mais, o pau amolece em consequência, hora do rito final da aceleração da punheta, faze-lo ejacular de pau mole, suprema proeza que só pervertidas perversas perversoras conseguem com desfaçatez, com graça e com mestria, o pau em si já pequeno quase desaparece, uso meus dedos, polegar e indicador, como pinça punheteira, cuspo neles, cuspo na cabeça do pinto, e esfrego, movimentos lentos, circulares e provocativos, acelerando aos poucos, vendo o macho próximo ao desmaio, a pressão subindo, a sensação de abandono e impotência, apenas seu pinto sente, eu sei, e sinto-o então predisposto à ejaculada, cesso, paro, deixo-o em repouso, percebo pela respiração arfante que o fôlego lhe falta mais, então recomeço, vejo que o pau endurece, cresce entre meus dois dedos, aumenta em volume, expõe-se e surge quase magnífico, pulsante, nova parada, sucessivas, e assim por muitos minutos, levando o macho ao paroxismo, próximo a riscos fatais, porém com gozos infernais, espasmos terminais, quase no nível do abandono vital, quando pede a morte, quando se transforma e se transmuta em puro e simples animal sexual, momento certo, acelero, empunho firme o caralho, agora vital, única parte do corpo semovente que sobe em sentido oposto ao normal e enrijece, sinto-o trêfego e, ao mesmo tempo, soberbo em minha mão, momento definitivo, eu o finalizo, arregaço, puxo tudo, aperto junto ao anel peniano, extraio nessa louca ejaculada todo o sumo vital de dentro desse macho agora inerme, no limite, mal respira, porém transborda sua porra por todos os lados, goza e ejacula, recupera então a consciência no mesmo momento em que alivio sua suspensão e ele desaba no chão entre gemidos, sussurros e choros contidos, esporrado e agradecido olha para mim e murmura todas as homenagens e elogios que deve à sua Rainha.

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